quarta-feira, 23 de março de 2011

Coligação de Lúcio Alcântara entra no TSE com ação contra CID GOMES.


Coligação de Lúcio Alcântara pede cassação do governador Cid Gomes, do Ceará


Chegou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED) contra o governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), e seu vice, Domingos Gomes de Aguiar Filho, por suposto abuso de poder econômico, conduta vedada e propaganda irregular nas eleições de 2010. A autoria do recurso é da coligação Para Fazer Brilhar o Ceará que apoiou o candidato derrotado Lúcio Alcântara (PR).

A coligação afirma que os eleitos montaram um esquema de propaganda irregular antes mesmo do período destinado à propaganda eleitoral com várias condutas ilegais. O esquema, segundo cita a coligação, consistia em propaganda institucional com a utilização de outdoors e placas em todas as 3.800 obras públicas, com o objetivo de mostrar “um futuro bem próximo em face de tais obras”.

A denúncia ainda diz que, na imprensa escrita, foram feitas publicações em páginas inteiras nos jornais de todo o estado demonstrando que o Ceará estava no rumo certo economicamente. Também na televisão, a coligação afirma que a campanha de Cid Gomes utilizou a TV Cidade de Fortaleza para a realização de propaganda eleitoral direta e indireta em seu favor e para fazer propaganda negativa para o candidato Lúcio Alcântara.

A coligação de Lúcio Alcântara afirma que, no horário eleitoral gratuito, a campanha de Cid Gomes fez propaganda das empresas Grendene, “com o claro objetivo de obter recursos financeiros” para a campanha eleitoral.

A coligação sustenta que foram distribuídas camisetas com o número do candidato, realizada propaganda irregular em muros, fora do padrão permitido pela legislação eleitoral, além de propaganda ilegal durante o carnaval fora de época em Fortaleza, o Fortal, que mobiliza em torno de 100 mil pessoas em cada um dos quatro dias de realização. Os candidatos teriam exibido faixas, cartazes e outros tipos de propaganda.

Entre outros pontos, o recurso aponta ainda a realização de despesas de campanha vedadas, da utilização de aeronave oficial na campanha e da realização de obras “com o único fim de obter votos das comunidades carentes, mediante abuso do poder político”.

A coligação salienta que o recurso demonstra que os atos praticados pela campanha de Cid Gomes e seu vice são condutas vedadas, propaganda irregular, recebimento de valores ilegais, despesas ilegais e abuso de poder político e econômico, com potencialidade de influenciar o resultado das eleições no estado.

Pede, por fim, a cassação do governador e seu vice, a marcação de nova eleição para governador e a fixação de multa máxima.

O relator é o ministro Hamilton Carvalhido (foto).


Fonte: MadalenaWeb.com

COMENTÁRIO: Seria muito bom mesmo que essa denúncia fosse investigada e resultasse em alguma coisa. A campanha excessiva do Governo começou bem cedo do processo eleitoral, isso mostra quanto a máquina pública foi usada como cabo eleitoral para conseguir a tão sonhada reeleição.

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