domingo, 28 de agosto de 2011

PSD Regulariza sua situação no Estado do Ceará



A certidão do TRE, dando conta de que o partido cumpriu as formalidades legais no Ceará, já está no TSE

De posse da certidão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), certificando as 9.559 assinaturas de eleitores anexadas ao processo de pedido de registro do PSD no Ceará, a direção estadual da agremiação comemorava, na última sexta-feira, a conclusão dessa etapa, otimista, também, com as informações da direção nacional, dando conta da possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrar a nova sigla, no decorrer do mês de setembro.

Reunindo cinco deputados estaduais e três suplentes, 40 prefeitos e algumas centenas de lideranças políticas municipais espalhadas no Interior cearense, a partir dos 68 municípios onde estão formadas as comissões provisórias municipais, a direção do PSD, no Estado, diz que tem quadros para participar da disputa de 2012, em algumas dezenas de municípios, formando na aliança de agremiações que apoiam o Governo estadual, de onde ele realmente está brotando.

O PSDB é o partido que mais perde com a criação do PSD no Ceará. Ele perde os deputados estaduais Rogério Aguiar, Osmar Baquit, Moésio Loiola e Gony Arruda. O deputado Téo Menezes, compromissado em ser um dos integrantes da fundação, afastou-se do movimento em razão do envolvimento do seu nome com denúncias de desvio de recursos estaduais com convênios feitos entre a secretaria das Cidades e associações comunitárias.

O deputado Leonardo Pinheiro, eleito pelo PR e os suplentes do PSDB, Nenem Coêlho, Cirilo Pimenta e Professor Teodoro completam a lista na esfera estadual. Dos 40 prefeitos, muitos estão saindo também do PSDB. Diferentemente dos deputados que ainda não integram a estrutura diretiva da sigla, os prefeitos foram incluídos nas comissões provisórias.

Fortaleza
O maior colégio eleitoral do Estado ainda não tem um núcleo do PSD. Terá. Não com a perspectiva de disputar a sucessão da prefeita Luizianne Lins (PT), mas para dar suporte ao candidato ungido pelo Governo do Estado. As lideranças nacionais do grêmio estão certas de contar, inclusive, com tempo de rádio e televisão, benefício concedido, proporcionalmente, a todos os partidos com representação na Câmara Federal.

Entendendo, como a Justiça Eleitoral entende, que o mandato é do partido, e ressurgindo no cenário partidário nacional com um total de 44 deputados federais, mesmo eleitos por outras siglas, mas beneficiados com o direito de mudar de agremiação sem perderem o mandato, a direção do PSD reclamará uma nova divisão do tempo destinado à propaganda eleitoral e partidária a que todos têm direito, facilitando, desse modo, o interesse dos correligionários das capitais, onde sempre as campanhas são mais destacadas. Nessa empreitada, os pessedistas vão encontrar um número bem maior de adversários.

O universo político cearense ganha muito pouco ou quase nada com o renascer do PSD. Não há quadro novo a destacar nas suas hostes, e por isso, lamentavelmente, sem oferecer perspectiva de oxigenação do ambiente, realmente carente de ideias, hábitos e comportamento diferentes.

O mundo político do Estado, como de resto o nacional, reclamam entes novos, mais bem qualificados e com vocação e espírito público de servir. Na última década, surgiram alguns, dentre os quais os que estão à frente dos poderes do Estado, mas isso é pouco para o tamanho da nossa população e quantidade de agremiações partidárias legalmente existentes.

O PSD no Ceará, enfim, está praticamente abrigando os insatisfeitos com o PSDB, unicamente pelo fato de ele não mais ser Governo e a sede governista da maioria dos nossos políticos daqui, dali e acolá extrapolar a ética, a consideração e o respeito aos eleitores.

EDISON SILVA
EDITOR DE POLÍTICA

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